Operação Pedra Lascada prende seis pessoas com drogas, arma e munições em Caarapó

Uma ação conjunta comandada pela Delegacia de Polícia Civil realizou na tarde de ontem (2) a operação intitulada “Pedra Lascada II” em Caarapó, distante a 273 km de Campo Grande. A ação levou ao todo seis pessoas a serem presas. A operação tinha como objetivo direto o fechamento de pontos de venda de drogas e o combate ao tráfico, revelou o delegado Benjamim Lax. Conforme a polícia, foram feitas abordagem em 13 pontos suspeitos de comercializarem drogas, com mandados de busca judicial, concedidos pelo Poder Judiciário, além de diligências também no sentido de localizar pessoas com mandados de prisão em aberto.

“Além das drogas, a ação indiretamente tem o combate a outros crimes como homicídios, furtos, receptações, retiradas das armas de fogo, entre outros. Quando a gente desestabiliza os pontos de vendas de drogas, as pessoas não conseguem mais comprar o entorpecente e acabam não furtando por não ter pra quem repassar. Então indiretamente isso surte reflexo em toda área de segurança pública do município”, explicou.

Além do delegado de Caarapó, trabalharam na ‘Operação Pedra Lascada II’ outros dois delegados: Humberto Peres Lima, que já trabalho no município e atualmente está em Dourados, mais o delegado Adilson do SIG de Dourados. Ao todo 35 policiais e aproximadamente 10 viaturas participaram da operação que envolveu todas as delegacias citadas.

Presos

Entre os presos estão Maria de Fátima Alves Santos (38), moradora na Rua Goiás, na Vila Planalto, com a qual foi encontrada 12 papelotes de crack, totalizando 2 gramas, e um aparelho celular da marca Samsun, além do valor de R$ 590,00. No mesmo local foi preso também Jhonatan Alves dos Santos (22).

Já na Rua Nioaque, esquina com a Rua Projetada IV, os policiais prenderam Ramona Maristela Benites (32) com o valor em dinheiro de R$ de 220,00. Também foi preso no mesmo endereço Renato Leão Benites (23) e com ele o total de 90 gramas de maconha, além de R$ 468,00 em dinheiro e um aparrelho celular.

Na Rua Clineu de Alcântara, no bairro Santo Antônio, foram presos Maria Dolores Acunha (32), com a qual os policiais encontraram 18 munições intactas em uma sacola plástica dentro de uma bolsa. No mesmo local foi preso também Marco Amarilha Acunha (42) e com ele os policiais encontraram um revolver calibre 38 da marca Smith Wesson, com mais 13 munições intactas, além do valor de R$ 629,00 em dinheiro e um aparelho celular da marca LG Dual SIM.

Dever cumprido

“Nossa sensação é de dever cumprido, pois ninguém se machucou na operação, não foi necessário usar força e violência, e ao mesmo tempo conseguimos retirar pessoas da sociedade que precisam prestarem conta a justiça do que vinham fazendo. Agora só falta o judiciário aplicar a medida da pena de cada uma, levando em consideração que foi tirado arma e drogas de circulação e ocorreu também o fechamento de pontos de vendas de drogas”, enfatizou o delegado Lax.

O delegado disse que o resultado da operação foi considerado positivo. “Não tenho dúvida nenhuma que isso vai impactar na segurança do município. Crimes deixarão de acontecer, pois me recordo que após a última operação que fizemos no município, ficamos 15 dias sem registrar uma ocorrência. Estaremos primando pela manutenção das operações com mais frequências, pois só assim iremos conseguir manter o nível de criminalidade dentro de índices aceitáveis. Não vamos dizer quando será feita outras operações, mas é bom os criminosos ficarem com a ‘barba de molho”, finalizou.

Comitiva

Além dos policais civis locais, a ação contou com o apoio da Delegacia Especializada em Crimes de Fronteira (DEFRON), o Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garras), e a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar).

 

Vereador Enio Perrone pede anulação de reforma avaliada em mais de R$ 700 mil na Câmara Municipal através de ação judicial contra o presidente Tiago Oliveira

Licitação foi realizada no dia 29 de agosto deste ano, em Presidente Prudente (SP).

O vereador Enio Luiz Tenório Perrone (DEM) entrou com uma ação na Justiça contra o presidente da Câmara Municipal de Presidente Prudente (SP), Tiago Santos de Oliveira (PTB), para pedir a anulação da licitação realizada para reformar o prédio onde funciona o Poder Legislativo, na esquina entre as avenidas Washington Luiz e Coronel Marcondes, no Centro. O valor da reforma ultrapassa os R$ 718 mil.

De acordo com Perrone, a ação foi movida como pessoa física, porque, segundo o vereador, já se esgotaram os diálogos com o presidente da Câmara.

O autor ainda solicita que seja feita uma vistoria no imóvel, por parte do Poder Judiciário, tendo em vista que a justificativa da presidência da Casa de Leis é de que o prédio está em más condições e, por isso, precisa da reforma.

A ação também foi movida contra o Poder Executivo, já que o prédio da Câmara pertence ao patrimônio público do município.

A licitação para a contratação de serviços de reforma do prédio da Câmara, feita em agosto deste ano, tem um custo que gira em torno de R$ 718 mil.

A licitação foi dividida em quatro lotes e três empresas foram vencedoras por menor preço. Os serviços vão desde a pintura e a manutenção do prédio até as alterações de esquadrias, sistemas de águas pluviais, remoção de grades e portões, instalações de vidro temperado, piso tátil, plataforma de painel ripado e também uma marquise de estrutura metálica e alumínio.

‘Chegará’ a mais de R$ 1,3 milhão
Em entrevista à TV Fronteira, nesta segunda-feira (9), Enio Perrone ressaltou que a situação “ofende muito aqueles que participaram da reforma, no dia 2 de fevereiro de 2017”.

“Nós inauguramos aquela Câmara, onde ela está, com tudo que tinha sido feito. A filosofia que nós tínhamos na Câmara era de que toda economia deve ser feita e revertida em benefício da população e, por isso, só me sobrou usar um escritório de advogado para nos ajudar nesta missão”, acrescentou o vereador.
O advogado Mauro Martins de Souza explicou que, “em um primeiro momento”, está sendo requerido à Vara da Fazenda Pública apenas a “nomeação de um perito do juiz, um engenheiro, para que se comprove que não existem os alegados danos na extensão em que foram licitados”.

“Presidente Prudente está um caos, em termos de finanças, e R$ 800 mil, hoje, a licitação deferida, homologada pelo presidente da Câmara, pode chegar na modalidade que ela foi feita pelos técnicos da Câmara, como diz o presidente, ela pode chegar e chegará, se der início, a no mínimo R$ 1.330.000. Um absurdo para o momento atual do município de Presidente Prudente”, argumentou à TV Fronteira.

A Justiça já se manifestou e o juiz Darci Lopes Beraldo pediu informações sobre o assunto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).

Uma representação dos vereadores Demerson Dias (PSB), Mauro Marques das Neves (PODE), José Alves da Silva Junior (PODE) e Miriam Brandão (Patriota), além do próprio Enio Perrone, em que eles afirmam que a reforma é desnecessária e realizada em um momento inoportuno, já havia sido protocolada anteriormente.

Outro lado
A Câmara Municipal disse, em nota à TV Fronteira, que, após consultar os setores administrativos da Casa de Leis, ainda não foi notificada sobre esta ação civil, contudo, ressalta que a licitação, em formato de pregão, foi realizada dentro da maior lisura, seguindo todos os trâmites da legislação.

A Casa de Leis também informou que os procedimentos tiveram sequência, sendo que a mesma já foi homologada e o Departamento de Compras e Licitações do Legislativo segue com as preparações para a assinatura dos devidos contratos com as empresas selecionadas.

 

Thiago Brennand também é suspeito de apropriação indébita e ameaça por não pagar por obras de arte em SP

Cerca de quatro quadros não foram pagos; vendedor tentou cobrar dinheiro, mas desistiu após ameaças. Empresário e herdeiro está preso no CDP de Pinheiros por crimes de violência contra mulheres.

A Polícia Civil de São Paulo investiga pelos crimes de apropriação indébita e ameaça Thiago Brennand, o empresário e herdeiro preso suspeito de estupros e agressões. O inquérito no 15º DP de São Paulo foi aberto em abril, depois de supostos calotes em obras de arte.

Segundo apurado pelo g1, Brennand teria encomendado obras entre março de 2020 e novembro de 2022, no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo. A relação comercial com o vendedor que o acusa de ameaça começou em um leilão de peças onde o empresário arrematou um quadro de R$ 350 mil, mas não pagou e teve o nome negativado.

O empresário e herdeiro está preso no Brasil desde 29 de abril por estupro, agressão, cárcere privado e ameaça (leia abaixo).

Ao ser cobrado pelo valor, Brennand teria dito ao vendedor que “não sabiam com quem estavam falando”. Para “salvar a venda”, um funcionário entrou em contato e teria oferecido um desconto de 5%, que era o lucro da operação.

Brennand teria dito que estava montando uma coleção para decorar a mansão em Porto Feliz, no interior do estado, e passou e encomendar mais obras.

Durante os encontros na capital paulista, o negociante relatou, no documento, que Brennand costumava estar cercado por seguranças armados e reafirmava ser “o maior colecionador de armas”.

A Polícia Civil apreendeu em março, em Atibaia, interior do estado, 67 armas do empresário após o Exército suspender, no ano passado, o registro de Brennand de CAC, sigla usada para identificar caçadores, atiradores e colecionadores de armamentos e munições.

Obras
Brennand, segundo a investigação, também teria se apropriado de duas obras de autoria do artista plástico Sergio Camargo, e passou a exibi-las como se fossem dele nas redes sociais.

O empresário também comprou um quadro do pintor nordestino Antonio Bandeira, mas não pagou. Brennand também disse que se apropriou de mais um quadro como “forma de punição” ao vendedor.

Ao todo, cerca de quatro quadros não foram pagos. O vendedor tentou cobrar o dinheiro, mas desistiu após sofrer ameaças. A vítima trouxe a situação à tona após as denúncias envolvendo o réu de violência contra mulheres repercutidas nos últimos meses.

“Quando os casos vieram ao conhecimento público, a vítima nos procurou para auxiliá-la nas medidas necessárias para o retorno dos bens em questão. Esperamos as apurações das autoridades”, diz a defesa.

Os advogados de Brennand foram procurados para comentar sobre o caso, mas não houve resposta até a publicação. O caso segue em investigação.

Novas denúncias
A Vara Central da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Paulo recebeu em 1º de junho uma nova denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário pelo crime de estupro. Além de virar réu no novo processo, ele teve mais uma prisão preventiva decretada. A defesa dele informou, anteriormente, não ter sido notificada.

Atualmente, Brennand é réu em nove processos, sendo que em seis deles com prisão decretada.

Primeiro julgamento
Brennand participou do seu primeiro julgamento no último dia 30, na 2ª Vara de Porto Feliz, no interior de São Paulo. O Tribunal de Justiça ouviu uma vítima que o acusa de estupro e três testemunhas de defesa. A próxima audiência está prevista para o dia 21 de junho, às 14h.

Brennand não chegou a ser ouvido. A previsão era a de que ele falasse por meio de videoconferência do CDP de Pinheiros, na capital paulista, onde está preso.

Sobre o primeiro julgamento, a defesa de Brennand disse que “considerou positivo o desfecho da audiência”. “Na ocasião, puderam ser apresentados fatos novos, que colocam em xeque a narrativa sobre o crime alegado. No momento oportuno, novos esclarecimentos serão apresentados”, disse o advogado Alexandre Queiroz, em comunicado enviado ao g1.

A vítima é uma mulher estrangeira que mora no Brasil e não teve a identidade revelada. Ela conheceu o empresário quando pretendia adquirir um cavalo.

A mulher relatou aos promotores do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) ter iniciado um relacionamento com o denunciado, encontrando-se com ele, eventualmente, ao longo de dois meses.

Acusações
O nome de Brennand ficou conhecido depois que o Fantástico mostrou imagens exclusivas nas quais o empresário aparece agredindo a atriz Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo. Neste caso, ele responde pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, já que teria incentivado o próprio filho adolescente a ofender Helena.

Depois que a reportagem foi ao ar, outras mulheres procuraram o Ministério Público de São Paulo para denunciar o empresário por crimes como estupro, agressão, ameaça, cárcere privado e injúria.

Segundo as vítimas, os crimes ocorreram entre 2021 e 2022 em uma casa que Thiago Brennand tem em um condomínio de luxo em Porto Feliz.